24.8.07

Balanço positivo das últimas safras do Languedoc


Acaba de ser lançado pela editora Albin Michel a 28ª edição do Guia Patrick Dussert-Gerber. Este aproveita a oportunidade para fazer um balanço das últimas safras de diversas apelações. Nós do Blog nos contentamos com seus comentários sobre o Languedoc. Mas nem sempre estamos de acordo, pois acredito que ele tem uma visão míope sobre o Sul da França.
" Eu apoio os homens e mulheres que se agarram a criar vinhos típicos nestes territórios de "garrigue" (vegetação agreste onde predominam o tomilho, alecrim, funcho selvagem e hortelã), controlando os rendimentos e respeitando sua especificidade. Esses territórios tem o potencial para que se criem grandes vinhos de classe, sem querer copiar esta ou aquela denominação mais conhecida com castas inapropriadas. para alguns, o exagero dos preços de alguns recentemente "reputados" começam a desinchar seus preços. As safras de 2004 e 2003 são um sucesso e as de 2002 e 2000 saborosas", declara Gerber.
Eu amos os vinhos típicos da região, são meus preferidos. Mas o que Gerber não enxerga é que o Languedoc-Roussillon é o maior vinhedo do mundo e como tal está exposto aos ditames do mercado. Não pode ser dar ao luxo de fazer apenas vinhos autênticos. Vinhos modernos, vinhos fáceis de beber, bons vinhos, varietais de merlot, cabernet ou pinot noir também podem e devem ser feitos no Sul da França. Seria a falência de muitos esta miopia de marketing. A região além de uma vocação para vinhos autênticos que exprimem o terroir, também faz vinhos modernos de alta qualidade e 80% dos vinhos regionais, varietais ou de assemblagem, de toda a França.